quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Investigando psicanaliticamente as psicoses


Lendo
Tenenbaum, D. (1999) Investigando Psicanaliticamente as Psicoses. Rio de Janeiro: Sette Letras.

Ouvindo


Freud (O futuro de uma ilusão, o mal estar na civilização) - a religião é uma psicose em massa, "exemplo vivo de que a loucura é a fuga de uma realidade frustradora e o delírio, a (re)criação da realidade mais de acordo com o princípio do prazer" (p. 14)
Mas e quanto aos fenômenos sociais envolvidos na crença ou ilusão social? as religiões podem ser continentes para a vivência de tensões psicológicas importantes. além disto, a partilha de um fenômeno psicótico ocorre em situações de grande intimidade e segurança (como no setting terapêutico) e não existe isto de "delírio compartilhado". A reconstrução da realidade numa dimensão social não é propriamente regida pelo princípio do prazer, como ocorre com fenômenos psicóticos (individuais). "Ao contrário, estas crenças oferecem segurança e amparo contra os infortúnios da vida em troca da realização dos desejos e anseios individuais. Isto está mais para os ditos instintos do ego do que do id" (p. 15). Na psicose, a reconstrução da realidade é a elaboração secundária o processo primário que invadiu a consciência (inconsciente a céu aberto).

Evolução do conceito de psicose
Castigo divino, problemas hormonais, distúrbios na localização das funções psíquicas superiores.
Alienatio mentis, insanidade.
Idade medieval - concepção demoníaca da loucura.
1300 - literatura especializada de forma de tratamento específico para os problemas mentais, a persuasão moral (p. 17)
Renascentismo - paralelismo entre fenômenos psíquicos e nervosos.
Phillipe Pinel - nosografia psiquiátrica com observação sistemática dos fenômenos.
Braid, Charcot - mesmerismo, hipnose (sugerir um estado subjetivo)
Escola alemã: Kraeplin, Bleuler, Freud
Contemporaneidade: CID não faz mais uso da palavra psicose.

Freud, 1923 (Uma breve descrição da psicanálise)
"Não se poderia duvidar que as neuroses e psicoses não estão separadas por uma linha rígida, mais do que estão a saúde e a neurose, e era plausível explicar os misteriosos fenômenos psicóticos pelas descobertas a que se chegou nas neuroses, que até então haviam sido igualmente incompreensíveis".
Trabalho sobre afasias - novo tipo de estudo para problemas funcionais que "simulam" alterações topográficas, portanto um novo enfoque epistemológico

*Anna O.*
Histeria, histérico(a): produção mental em oposição a sintoma orgânico (depois de Freud, toda uma construção complexa de estrutura e dinâmica psíquicas mediante a influência de fatores internos e externos, conscientes e inconscientes, egoicos, instintivos e superegoicos. Uma neurose. Seria o mesmo com a esquizofrenia/psicose?)
Pelos sintomas descritos no terceiro parágrafo da pág. 24, Anna O. poderia ser diagnosticada (pelo DSM-IV) com Transtorno no Humor Bipolar tipo II, com ciclagem rápida e Transtorno de Conversão. Era psicótica e neurótica. Aff...
Estados psíquicos propícios à encenação de situações ainda não adequadamente elaboradas, seja por terem sido excessivas ou por incompetência egoica. Há "uma limitação da consciência e uma compulsão a associar semelhante àquela que ocorre nos sonhos" (vol II, p. 142)
Possibilidade de coexistência entre lucidez de consciência e inconsciência psicológica lacunar devido a um duplo, concomitante, nem sempre paralelo, mas sim interseccional, funcionamento mental (p. 25)
"O que os psiquiatras chamas de psicose instalada nada mais é do que a adaptação do ego à vivência psicótica em si ou, em outra terminologia, é a expressão do funcionamento mental que passou por uma experiência de desorganização" (p. 26, cronica?)

"em ambos os casos [de neurose] até aqui considerados, a defesa contra a ideia incompatível era efetuada separando-a de seu afeto; a ideia permanecia na consciência, anida que enfraquecida e isolada. Há, entretanto, uma espécie de defesa, muito mais poderosa e bem sucedida. Aqui o ego rejeita (verwerfung?) a ideia incompatível juntamente com seu afeto e comporta-se como se a ideia jamais lhe tivesse ocorrido. Mas a partir do momento em que tenha conseguido, o sujeito encontra-se numa psicose, que só pode ser qualificada como confusão alucinatória" (Vol. III, parte III, as psiconeuroses de defesa, a alucinação positiva é trabalho da alucinação negativa do verwerfung?)

-Esmagamento ou aniquilamento do ego por sentimentos (em outros momentos, ideias) inconscientes, sobre as alucinacoes corresponderem à irrupção de pensamentos insconscientes, sobre as interpretacoes autorreferentes destes pacientes se relacionarem ocm lembranças reprimidas e a ideia de que a psicose desfaz sublimacoes e identificações" (p. 27)

Autoacusações – “obsessões correspondiam ao retorno de autoacusações reprimidas pela autodesconfiança e pela conscienciosidade, enquanto que nas psicoses as autoacusações seriam reprimidas pela projeção, retornado na forma de delírios e alucinações Assim, sintomas de retorno do reprimido, os delírios e as alucinações eram entendidos como autoacusações que retornavam sob a forma de pensamentos ditos em voz alta, distorcidos e deslocados no conteúdo e no tempo. Os sintomas de defesa secundária eram os delírios interpretativo, responsáveis pela alteração do ego.

Diretamente relacionadas à consciência de si, Freud considerava as autoacusações como uma decorrência natural da emergência de ideias incompatíveis com a representação que o indivíduo tinha, ou se esforçada por ter, de si mesmo. Através dos sonhos Freud começou a revelar o conteúdo destas não mais ideias, agora desejos”(p. 27).

“Segundo suas observações, qualquer pessoa dependendo de sua predisposição, da situação emocional do momento e da forca traumática da situação em si, poderia apresentar a sintomatologia decorrente da invasão abrupta do processo primário de pensar na consciência” (p. 28)



Verwerfung - rejection, dismissal *recusa*
Verneinung (synonym to leugnung) - negation, negative
Verleugnung - re-negation (?), denial, disownment *rejeição






Gradiva de Jansen
Freud: “Em primeiro lugar, o delírio pertence ao grupo de estados patológicos que não produzem efeitos diretos sobre o corpo, mas que se manifestam apenas por indicações mentais. Em segundo lugar, é caracterizado pelo fato de que nele as 'fantasias' ganharam a primazia, transformando-se em crença e passando a influenciar as ações” (vol. 9, p. 51). O ato de Hanold não se interessar mais pela vida estava relacionado ao abandono do amor infantil, e este fato é o delírio, a crença desenvolvida a partir da primazia da fantasia: compulsão à repetição do processo primário de pensar.

Tenenbaum: “Para começarmos a retirar o véu de confusão em relação às psicoses, é necessário não mais identificarmos psicose com surto psicótico, agitação psicomotora ou qualquer outro quadro agudo. O delirante não é necessariamente um ser sem capacidade cognitiva, mentalmente inarticulado ou incapaz de viver a vida, embora possa apresentar, e geralmente apresenta, algum comportamento bizarro” (p. 30).
Freud: “não é preciso que uma pessoa sofra de um delírio para se comportar de maneira análoga. Ao contrário, uma pessoa, mesmo saudável pode com frequencia enganar-se quanto aos motivos de um ato, tomando consciência dos mesmos só depois do evento” .


Freud
"desenvolve o raciocínio de que estas experiências (de ser vigiado) nada mais seriam do que projeções na realidade (com a finalidade análoga à repressão) de um agente crítico existente no ego, o ideal do ego, cuja função exposta pela primeira vez neste rtigo, é a de vigia dos padrões  éticos e morais da humanidade. Estamos cansados de ver pessoas  culturalmente importantes sem o menor padrão ético e moral, assim como pessoas culturalmente importantes com graves problemas egóicos e pessoas egoicamente inteiras, mas sem a menor expressão cultural".
"Afinal, a idéia a respeito do alto preço que se paga para ser ético e culturalmente participante é antiga em Freud. Talvez ele  sentisse assim..."
"condicionar  os desejos, as motivações, os comportamentos e as relações humanas a um questionável objetivo energético com um fim em si mesmo".
(p.40)

"Aqui, realçando a relação com o ego, a psicose passa a ser chamada de neurose narcísica"


"A realidade não é remodelada ou reconstruída. Apenas fragmentos dela - *exatamente aqueles relacionados à experiência existencial (real ou mental) intolerável, por isso mesmo rejeitada (verleunung) ou recusada (verwerfung)* - são interpretados e reinterpretados delirantemente. (...) o delírio é o resultado da articulação entre processo primário e processo secundário feita por um ego em algum grau desorganizado, em outras palavras, é o retorno do reprimido administrado por um ego que passou pela experiência de desorganização. (...) o afastamento da realidade nas psicoses é secundário à derrota do ego frente ao id. É a deformação do ego acarretada pela invasão do processo primário depensar que torna ievitável a deformação da realidade" (p. 70)

"Lacunas cognitivas, verdadeiros vazios intrapsíquicos, que além de tornar o ego parcialmente incapacitado, podem ser preenchidos por elementos do Processo Primário de Pensar, criando verdadeiros núcleos psicótiocs, os quais podem ser acionados por circunstâncias específicas da convivência (interação ambiental) provocando crises psicóticas (não necessariamente uma psicose) (p. 88, sobre Eksterman, A (1986). Lacunas Cognitivas no Processo Psicanalítico, Boletim Científico da Sociedade Brasileira de Psicanálise, n. 6).

O pricótico retira ou desvia seu interesse na realidade? "O psicóticonao deixa de se relacionar com a realidade, apenas o faz de maneira  peculiar. (...) A mairoia doas seres humanos relaciona-se, na maior parte do tempo de sas vidas, trliangularmente (pessoas e coisas [mas eu diria pessoas e leis]), enquanto que os psicoticos relacionam-se diadicamente com a realidade (pessoas e coisas) quase o tempo todo" (p. 93)


ProIC premiado

Acredita.
Fecha os olhos e repete:
acredito.

(:

"Car@s,
Com muita felicidade e alegria no coração, informo que a ex-pibiciana
(e hoje mestranda) Hayanna Carvalho foi uma das escolhidas para
premisção pelo seu trabalho de Rorschah no Gipsi. Como se não
bastasse, ela recebeu duas premiações (a outra é com a Profa. Deborah
Santos, sobre "População Negra e Saúde Mental"). Confiram a seguir.
Parabéns caríssima mestranda!!!
Com a alma lavada pela sua dedicação (não a mim por certo, mas "à causa")!!!"




Oush.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Bicicleta

Hoje fui à UnB de bicicleta.
Logo depois de escrever o último post, e até agora sinto a endorfina correndo pelas minhas veias. Remédio pra melancolia chata que tava hoje de manhã. Não quero, não gosto... Hoje consegui até rir de piadas bestas, com vontade mesmo. A aula de psicanálise não foi tão chata e não fiquei me sentido tão estúpida.


Mas é claro, este é um entusiasmo de início, e sei que devo procurar muitas e muitas coisas para combater-elaborar-esclarecer-matar-sei-lá-fazer-o-quê com este sentimento chato de que ainda estou de luto










pela pandorinha.


Sinto que estou melhorando e piorando e esta será mesmo uma montanha-vodca. Todos os passos de estudar, trabalhar, estudar pandorinha, estudar o espelho de pandorinha em mim, o que faz parecer tão gêmeo. Até no surto.

pandora
fruto podre
monstro
grandes amores loucos de minha vida.

E o que me faz também ser narciso







.
.
.







Mas ainda to curtindo a endorfina da bicicleta. Nos meus primeiros passinhos de formiga em direção à liberdade verdadeira de minhas amarras imaginárias, fantasiosas, neuróticas por excelência.
Se é que existe verdade
liberdade
livre
li
acredito.

vo(a)

Psicose meus retalhos

Depois de duas semanas de crise, agora estou somatizando. Ainda está pouco, é só uma dor persistente no ombro direito, parece efeito de noites mal dormidas ou do papagaio que está sentado aqui, me falando mil coisas ao pé do ouvido.
Estou interpretando um Rorschach do GIPSI, e como está há duas semanas (à exceção de alguns paroxismos hipomaníacos), não consigo me concentrar, está tudo um tédio e as tarefas que demorariam algumas horas estão se estendendo por dias. Eu sei que há dias e há dias e há dias. Mas os dias mais parecem eternidades e duas semanas já viraram anos. Embora pareça que foi tudo ontem.
Na verdade, acho que minha percepção do tempo não voltou ao normal desde o surto de segunda passada. Também não estou tendo muita paciência para falar com quem quer que seja, sustentar o sorriso amarelo nos lábios. Ele pesa uma tonelada e eu prefiro correr três maratonas, girar ao redor da terra feito satélite. Me prender sem internet ou telefone num quarto isolado mesmo morrendo de preguiça de trabalhar, só pra ficar em paz. Por mais que abrir o facebook tenha sido, nas últimas semanas (em que eu o quis), o único contato menos doloroso com o meio externo.
Um exercício diário é abrir mão da lógica, do controle e da ordem, de mãos dadas com a loucura. Assistir ao deslizamento do significado pela primazia do significante. Ainda que ele seja uma coisa estranha como essa, teoria oca com seus significantes cheios de cola-hífen(parenteses), já que a linguagem compartilhada, sígnica é insuficiente para reportar ao conteúdo inconsciente inteiro. Ou (apenas) àquilo que serve para encher de pompa os que falam feito pseudo-não-loucos. Pobres neuróticos...
Pobre neurótica.
Inventei isso hoje: psicose meus retalhos
Nome novo para dor velha.
Vou pra aula. Creswell, caps 8, 9 e 10 (:

domingo, 18 de setembro de 2011

Rascunho do projeto

Há poucos estudos sobre primeiras crises no Brasil. A literatura internacional é gerada a partir de pesquisas desenvolvidas em centros de atendimento para esta população, majoritariamente comportos por atenção primariamente psiquiátrica, a partir de uma perspectiva sintomatológica e sindrômica da psicose. Estes estudos utilizam termos como pródromos (aquilo que antecede um evento), ultra high risk psychosis, clinical hisk for psychosis, at-risk mental state, dentre outros, para descrever sinais e sintomas presentes em etapas anteriores à primeira crise do tipo psicótico ou a episódios de recaídas. Quanto às crises, estas são descritas como primeiro episódio psicótico, first-episode psychosis, early psychosis, ealy onset schizophrenia, dentre outras denominações. A dificuldade em integrar as perspectivas internacionais quanto à nomenclatura é característica da complexidade envolvida ao se definir o que é psicose, numa consideração sindrômica.
A psiquiatria clássica conceitua transtornos psicótico como transtornos mentais em que há "perda de contato com a realidade"
...
Intervenção precoce
...
GIPSI
...
Método de Rorschach
...
nova consideração sobre as primeiras crises, para alem da visão sindrômica tradicional, com vias à construção de conceito melhor fundamentado do que caracteriza as primeiras crises.

Revisão de literatura - construção do projeto

CRESWELL, J. (2010). Projetos de pesquisa. Porto Alegre: ArtMed.

Tópico de estudo
-tema ou assunto, a ideia central a respeito da qual se aprende ou explora.
-Qual questão necessita ser respondida no estudo proposto?
--Em que se parecem os protocolos de pessoas em primeiras crises do tipo psicótico?
-Como este projeto contribui para a literatura?

Revisão de literatura
-revisão integradora: resumo de temas amplos da literatura
-revisão teórica: concentra na teoria relacionada ao tema
-revisão metodológica: contrentra nos métodos e definiçõs empregadas em estudos anteriores
-literatura quantitativa ou qualitativa (ou integração de ambas)

Rorschach

Citações sobre o método de Rorschach

WEINER, I. B. (2000). Princípios da Interpretação do Rorschach. São Paulo: Casa do Psicólogo.

O Método de Rorschach (RIM) "é (a) uma avaliação da estruturaçao cogitiva que envolve processos de atenção, percepção, memória, tomada de decisões e análise lógica; e (b) uma avaliação das imagens temáticas que envolve processos de associação, atribuição e simbolização" (p. 31)
"instrumento que apresenta características tanto objetivas quanto subjetivas, mede procesos tnto perceptivos quanto associativos e avalia apsectos da personalidade tanto estruturais quanto dinâmicos. (...) [é um método pultifacetado de coleta de dados (...), pesquisas demonstram a sólida base psicoétrica sobre a qual a avaliação éestá fundamentada" (prefácio)

Estrutura: "natureza do indivíduo, conforme definida por seus pesamentos e sentimentos atuais, que constituem estados da personalidade, suas disposiçoes ais permanentes de condizir-se de deterinadas maneiras, que constituem os traços da personalidade".
Dinâmica: "natureza da pessoa, conforme definida pelas necessidades, atitudes, conflitos e preocupações subjacentes que influenciam o modo como pensam sente e age de determinadas maneiras em momentos específicos e em circunstâncias particulares. A dinâmica da personalidade refere-se também ao modo pelo quais estados e traços do indivíduo podem interagir para influenciar-se mutuamente" (Weiner, 2000, p. 28)

Características psicométricas
"-profissionais reinados apresentam um grau de concordância satisfatório quanto à pontuação de suas variaveis
-estimativas do seu grau de fidedignidade indicam que fornece informações satsfatoiamente precisas, ou seja, que os resultados ojbetidos a partir dele tenham um variância de erro mínima e que sejam suficientemnte próximos dos valores reais ou verdadeiros
-seus corolários demonstrados identifiquem objetivos para os quais sejam suficientemente válidos" (p. 34)

"Quanto à descrição da personalidade, o RIM oferece uma base slidamente validade para descrever vários aspectos da estrutura da personalidade e uma rica fonte de hipóteses para a descrição de diversos aspectos da dinamcia da personalidade.
Quanto ao diagnóstico diferencial, o RIM demonstru sua contibuição para o diagnóstico de diversas condições que envolvem padões específicos do funcionamento da personalidade e apresenta potencial para facilitar o diagnpostico de qualquer condição que seja determinada por- ou contribuia para- características distintas da personalidade.
Quanto ao planejamento e avaliação do tratamento, o RIM oferece contribuições bem validadas para identificação de metas do tratamento e posíveis objstáculos para a evolução da psicoterapia, seleção das modalidades de tratamento recomendadas e acompanhamnto das mudanças e melhoras ao longo do tempo".
(p.35)

"as pesquisas bem planejadas continuam a confirmar a utilidade do RIM o sentido de permitir uma investigação válidade de características da personailidade e facilitar não só o diagnóstico diferencial, como também o planejamnto e avaliação do tratamento". (p. 36)

a aordagem empírica possibilita "confiar em dados quantitativos relativos à validade discriminativa e distribuição normativa das variáveis do Rorschach, permite que os clínicos diferenciem condições normais e anormais com segurnaça e que descrevam as características da personalidade com convicção. Assim as bases embíicas adequadas facilitam muito a utilização efetiva do RI na investigação da personalidade e, quanto mais os clínicos do Rorschach puderem confiar em dados concretos para documentar o rigor psicométrico de suas conclusões, mais aptos estarão a traduzir tais conclusões em aplicaçoes do instrumento efetivas e significativas" (p. 40).
"A abordagem conceitual à interpretação do Rorschach ajuda a superar as limitações de uma abordagem estritamente empírica aos dados e proporciona diretrizes úteis para a prática clínica e delineamento de pesquisa" (p. 41).

Estratégia de interpretação
Agrupamento das variáveis em módulos - "pontos em comum de determinadas variáveisestruturais n que se refere às funções da persnalidade que investigam. (...) A análise formal revelou sete grupos de vari[aveis intercorrelacionadas, os quais denominu módulos ou seç~es do Rorschach. Casa um desses sete módulos de variáveis intercorrelacionadas parecia estar associado a um aspecto distinto do funcionamento da personalidade" (p. 63)




EXNER, J. E (2003). The Rorschach: A Comprehensive System. 4th edition. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons, Inc.

O Rorschach providencia informações sobre os processos e funções psíquicas que geram os comportamentos observados (sintomas ) (Exner, 2003, p. 4)

*******"The Rorschach test gives greater emphasis to the psychological structure or personality of the individual trather than to the behaviors of the person. It is the sort of infotmation that goes beyond the identification of symptoms and searches out etiological issues that distinguish one person from another, even though both may present the same symptomatology".

Comprehensive System - "to integrate the featues of all [Rorschach scoring and interpretation] systems for which empirically defensile data existed or could be established" (p. 25)

NORMATIVE DATA
"Useful in providing descriptive information about groups, and offer reference pont against which individual scores and be compared. Possibly most importnt is the basis that they provide for developing some general interpretative postulates, using the deviation psinciple, which focuses on findings different than expected". (p. 189)

sábado, 10 de setembro de 2011

O que são pródromos?

O conceito de psicose é frágil. Ainda trabalha com a questão do estranhamento e distanciamento do convencionalmente concebido. Determinar o limiar para psicodiagnóstico de PSICOSE não é fácil. Uma série de considerações ainda carecem de explicitação, e não tenho uma teoria fechada que funcione, como a de Freud para a neurose. A foraclusão de Lacan não me pertence e a teoria do amadurecimento de Winnicott ainda está muito longe.
Mas de qualquer forma, a visão estruturalista de personalidade psicótica é uma coisa. Considerar pessoas em primeiras crises DO TIPO PSICÓTICA (leia-se loucura insipiente) não quer dizer identificar estruturas de personalidade semelhantes. Há diversas estruturas diferentes, inclusive estruturas neuróticas ou com transtorno de caráter, que manifestam sintomas referidos como psicóticos.
Na abordagem psiquiátrica da intervenção precoce, estes são parte da queixa, e por isto são considerados sintomas. Mas eles dão também importância a sinais de estranhamento, comuns a pessoas que podem desenvolver sintomas psicóticos. Os sinais não chegam a ser sintomas psicóticos, e podem não ser precursores ou preditores. Resta saber, para a psiquiatria contemporânea, se eles podem ser agrupados em síndrome. Tem-se utilizado o termo pródromos para estes sinais e sintomas. São considerados precursores do espectro sindrômico de mais frágil conceituação, que é a psicose. Não espere que sua conceituação seja fácil. Psiquiatras na pesquisa sempre têm de partir de bases muito mal estruturadas para elaborar seus conceitos, já que são médicos e não podem contar com etiologias derivadas dos sistemas anatômicos ou da fisiologia.

Os psicanalistas nadam em construtos abstratos, e os lacanianos então, incompreensíveis. São de boa definição conceitual e operacional para os iniciados. Mas não dão respostas definitivas. Diferentes estruturas de personalidade apresentam manifestações comportamentais (sinais) e queixas (sintomas) semelhantes. Compreendê-los na especificidade não é verificar o que têm de mais semelhantes uns com os outros (como o faz a psiquiatria ao estruturar síndromes), mas o que têm de mais diferente e específico na individualidade.

Meu caminho, no entanto, é tomar parte do método psiquiátrico, o nomotético, mas na construção de uma constelação de SINAIS DE PERSONALIDADE presentes em um método projetivo que descreve o que estas pessoas têm, afinal, de semelhante. Estes sinais seriam compreendidos a partir de uma perspectiva psicanalítica de personalidade (Winnicott? Ambiente e processos de maturação? Teoria das relações objetais?) e a constelação pode levar à elaboração de estratégias de intervenção, tratamento e cuidado específicos para esta clientela. Ou para questões aonde a atenção deverá se direcionar, num primeiro momento, em programas que atendam esta clientela.

Claro que não existem blocos fechados de intervenções psicoterapêuticas, mas algumas sugestões sobre as especificidades de um grupo que compartilha semelhanças importantes (de alguma forma foram considerados loucos ou psicóticos) podem auxiliar na busca das idiossincrasias. Afinal, somos mais semelhantes do que diferentes, de fato, e a impossibilidade de encontrar estas semelhanças entre pessoas pode ser fator que influencia sobremaneira o isolamento e o retraimento (a loucura ou psicose).



No fim das contas, discordamos mais que nos entendemos. Quanto mais acumulamos conhecimento, mais nos confundimos. Mas assim caminha a humanidade.

O que é psicose?

Há pessoas em sofrimento psíquico grave, com risco de crises graves de estranhamento de si e do mundo, que as predispõem a cornificação de sintomas de difícil manejo – mas não consigo enquadrar estas pessoas numa visão psiquiátrica tradicional, que não dá conta de descrevê-las na sua perspectiva sindrômica (pois ainda acreditam no mito da doença mental).
Me proponho a descrevê-las de uma maneira diferente da sindrômica-sintomatológica, por entender que as categorias diagnósticas tradicionais são insuficientes e se falem de conceitos cientificamente inviáveis (como a esquizofrenia).
(Claro que a psicanálise é uma possibilidade, dado que compreende a psicopatologia dentro de uma teoria de personalidade – algo evolucionista, ainda, mas com perspectivas bem mais relacionais e afetivas na construção da personalidade, com multicausalidade tão complexa quanto as potencialidades humanas)
Psicanálise, avaliação psicodiagnóstica da personalidade, psicopatologia na psicose. Porque não esquizofrenia (e ainda não sofrimento psíquico grave). Porque não outros sofrimentos psíquicos graves que não envolvem estranhamento DO TIPO PSICÓTICO (como depressão, neurose obsessiva-compulsiva, transtornos alimentares ou perversos).
Há algo de específico em umas pessoas muito estranhas, muito pouco convencionais, com processos perceptuais, de processamento, cognitivos, afetivos e interativos muito diferentes e de difícil comunicação. Suas produções podem não encontrar nicho na cultura e represálias por conta do distanciamento de suas comunicações podem trazer sentimentos de inferioridade, incapacidade, estranhamento. Estas pessoas tendem ao isolamento, quiçá por não se sentirem capazes de integrar-se ao meio ou contribuir de maneira mais convencional, e ansiedades quanto ao meio e a si próprios podem ser potencialmente desorganizadoras e trazer confusão a suas percepções. São comuns dificuldades nas habilidades sociais, no processo perceptivo e demandas afetivas podem não encontrar objetos suficientes para sua expressão, modulação e controle. Podem estar presentes manifestações de embotamento afetivo, e distanciamento entre o âmbito afetivo e o relacional. O investimento e elaboração de sentimentos e emoções pode se processar de maneira muito diferente do comum, em área distante da realidade interpessoal. Pessoas ao redor podem não ser capazes de perceber os sinais mais usuais de envolvimento afetivo e julgar estas pessoas como embotadas, desinteressadas socialmente, retraídas e bizarras. Ao considerar o desenvolvimento destas pessoas, manifestações cada vez mais estranhas da angústia fundamental do ser humano são possíveis. Alucinações se referem a percepções sem estímulos externos, completamente motivadas por demandas internas que não encontraram outro meio de expressão ou elaboração. Delírios são formações de julgamento sobre as percepções fundamentadas em lógicas e premissas incorretas, também fundamentados em demandas internas elaboradas de maneira bizarra para a intersubjetividade. A psicanálise entende alucinações e delírios como resultados de mecanismos de defesa muito primitivos, característicos de pessoas que não tiveram oportunidades interativas suficientemente adequadas para desenvolver recursos de defesa contra conflito mais sofisticados. Em alguns indivíduos, a indisponibilidade de um ambiente suficientemente bom em etapas muito precoces do desenvolvimento pode levar a desconfiança na realidade do ambiente – e de si próprio. Assim, o indivíduo se fia mais prioritariamente em elaborações internas, conclusões feitas a partir de suas percepções sem grande teste na intersubjetividade. Estas podem iniciar de maneira não tão distorcida, mas na medida em que as demandas ansiosas internas aumentam, e buscam expressão no meio externo, pode ser estruturada uma realidade outra, em que é possível investir afetos, elaborar pensamentos e crenças confiáveis, protegidos das ameaças externas desestruturantes.
Estes são os psicóticos.

Kaplan e Sadock

KAPLAN, H. I. & SADOCK, B. J. (1984). Compêndio de Psiquiatria Dinâmica. 3ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1981).

Considerações sobre cognição, testes projetivos e pensando sempre nos psicóticos.

Percepção
"Uma experiência que predispõe um individuo a certos tipos de percepção denomina-se um conjunto. Quanto mais ambíguo for o estímulo, tanto mais sua percepção estará determinada pelo conjunto de propensões do sujeito. E quanto mais intenso for o conjunto do indivíduo, mais irá determinar sua percepção. O significado atribuído a um estímulo particular, por um indivíduo, é uma função da ambiguidade do estimulo e da intensidade do seu conjunto".
"A maior aplicação destes princípios em psiquiatria foram os testes projetivos, nos quais estímulos ambíguos são apresentados a indivíduos e suas respostas analisadas em termos de importância e estruturação. Desta analise se extrai uma descrição da personalidade do individuo segundo suas tendencias perceptuais".
"As necessidades do indivíduo influenciam o conteúdo do que é percebido".
"Muitos experimentos indicam que as pessoas podem ser influenciadas em seus próprios juízos perceptuais, pelos juízos dos outros. O grau de influencia depende da consistência dos juízos alheios, do status das pessoas que os emitem e da habilidade a elas atribuída".
"Grande parte da percepção é comportamento aprendido".

"Se os estados motivacionais e de necessidade do organismo influenciam a percepção do seu ambiente, pode-se deduzir que um transtorno psicopatológico exercera um profundo efeito sobre o funcionamento perceptual. Um indivíduo que apresente medo ou necessidade patológica de evitar determinadas categorias de pessoas ou experiencias terá uma tendencia para bloquear a percepção de estímulos ameaçadores". (p. 45)

Processamento da informação
"O processamento da informação estuda a rota seguida por dado estímulo ao penetrar no sistema nervoso central, o caminho por ele percorrido através das diversas estacoes desde a mudança fisiológica produzida pelo input até os processos sensoriais e conceptuais: o modo como esses processos são propagados como a mensagem da energia do estimulo e a maneira como a mensagem chega finalmente aos canais apropriados e é absorvida ou dissipada".
-série progressiva de acontecimentos que ocorrem supervenientemente.
--Aptidão e atenção: nem sempre é possível processar e responder a todos os inputs. A atenção descreve o fenômeno pelo qual alguns estímulos, ao invés de outros, comandam o processamento e as respostas comportamentais. Tipos: -controle (voluntário ou involuntário), -atenção seletiva e filtração, -atenção focalizada e dividida, -excitação e atenção (p. 45)

Cognição
"Cognição é o processo de conhecer e tornar-se ciente de percepções e, então, ordená-las em conceitos e abstrações mais amplos.
A cognição se desenvolve em interação com as circunstancias da vida do indivíduo, das mais concretas as mais abstratas. Quando qualquer parte do sistema de linguagem simbólico do homem está alterada em termos psicopatológicos, seu processo de pensamento ou de solução de problemas estará desfavoravelmente afetado. (…) Num certo sentido, a cognição compreende o reconhecimento, a recordação e a simbolização (classificação). Estas habilidades implicam o desenvolvimento do indivíduo em interação com o meio". (p.46)


O desenvolvimento da cognição como um todo está intrinsecamente envolvido com o desenvolvimento social e afetivo, dado que as interações influenciam sobremaneira a forma como o pensamento se desenvolve. Nomear psicoses como transtornos de pensamento, transtornos cognitivos ou como perda de contato com a realidade desimplica o fator interativo e afetivo que necessariamente está vinculado aos sintomas de ESTRANHAMENTO/RETRAIMENTO.

Novamente estou lutando contra o conceito de psicose~~


Reconheço que há pessoas em sofrimento psíquico grave, com risco de crises graves de estranhamento de si e do mundo, que as predispõem a cornificação de sintomas de difícil manejo – mas não consigo enquadrar estas pessoas numa visão psiquiátrica tradicional, que não dá conta de descrevê-las na sua perspectiva sindrômica (pois ainda acreditam no mito da doença mental)
Me proponho a descrevê-las de uma maneira diferente da sindrômica-sintomatológica, por entender que as categorias diagnósticas tradicionais são insuficientes e se falem de conceitos cientificamente inviáveis (como a esquizofrenia).
(Claro que a psicanálise é uma possibilidade, dado que compreende a psicopatologia dentro de uma teoria de personalidade – algo evolucionista, ainda, mas com perspectivas bem mais relacionais e afetivas na construção da personalidade, com multicausalidade tão complexa quanto as potencialidades humanas)
Psicanálise, avaliação psicodiagnóstica da personalidade, psicopatologia na psicose. Porque não esquizofrenia (e ainda não sofrimento psíquico grave). Porque não outros sofrimentos psíquicos graves que não envolvem estranhamento  DO TIPO PSICÓTICO - leia-se loucura - como depressão, neurose obsessiva-compulsiva, transtornos alimentares ou perversos.

Há algo de específico em umas pessoas muito estranhas, muito pouco convencionais, com processos perceptuais, de processamento, cognitivos, afetivos e interativos muito diferentes e de difícil comunicação. Suas produções podem não encontrar nicho na cultura e represálias por conta do distanciamento de suas comunicações podem trazer sentimentos de inferioridade, incapacidade, estranhamento. Estas pessoas tendem ao isolamento, quiçá por não se sentirem capazes de integrar-se ao meio ou contribuir de maneira mais convencional, e ansiedades quanto ao meio e a si próprios podem ser potencialmente desorganizadoras e trazer confusão a suas percepções. São comuns dificuldades nas habilidades sociais, no processo perceptivo e demandas afetivas podem não encontrar objetos suficientes para sua expressão, modulação e controle. Podem estar presentes manifestações de embotamento afetivo, e distanciamento entre o âmbito afetivo e o relacional. O investimento e elaboração de sentimentos e emoções pode se processar de maneira muito diferente do comum, em área distante da realidade interpessoal. Pessoas ao redor podem não ser capazes de perceber, nelas, as manifestações mais usuais de envolvimento afetivo e julgar estas pessoas como embotadas, desinteressadas socialmente, retraídas e bizarras. Ao considerar o desenvolvimento destas pessoas, manifestações cada vez mais estranhas da angústia fundamental do ser humano são possíveis. Alucinações se referem a percepções sem estímulos externos, completamente motivadas por demandas internas que não encontraram outro meio de expressão ou elaboração. Delírios são formações de julgamento sobre as percepções fundamentadas em lógicas e premissas incorretas, também fundamentados em demandas internas elaboradas de maneira bizarra para a intersubjetividade. A psicanálise entende alucinações e delírios como resultados de mecanismos de defesa muito primitivos, característicos de pessoas que não tiveram oportunidades interativas suficientemente adequadas para desenvolver recursos de defesa contra conflito mais sofisticados. Em alguns indivíduos, a indisponibilidade de um ambiente suficientemente bom em etapas muito precoces do desenvolvimento pode levar a desconfiança na realidade do ambiente – e de si próprio. Assim, o indivíduo se fia mais prioritariamente em elaborações internas, conclusões feitas a partir de suas percepções sem grande teste na intersubjetividade. Estas podem iniciar de maneira não tão distorcida, mas na medida em que as demandas ansiosas internas aumentam, e buscam expressão no meio externo, pode ser estruturada uma realidade outra, em que é possível investir afetos, elaborar pensamentos e crenças confiáveis, protegidos das ameaças externas desestruturantes.
Estes são os psicóticos.
Loucura insipiente

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Prodroms considerations from articles

"the experience of stressful events that exceed an individual's coping capacity, and/or the employment of inappropriate or ineffective coping strategies, may promote psychobiological changes that lead to the expression of psychotic symptoms *Nuechterlein & Dawson, 1984; Zubin and Spring, 1977)"
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"Furthermore, individuals with poor coping skills or inadequate coping resources might have an underlying vulnerability to the eventual development of psychosis (Hardesty, Falloon and Shirin, 1985; Lukoff, Snyder, Ventura and Nuechterlein, 1984; Marsella and Snyder, 1981; Norman and Malla, 1993; Rabkin, 1980)."
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DE ACORDO COM O DSM-IV, sintomas prodrômicos estão frequentemente presentes antes da fase ativa (...) e são formas relativamente menos graves ou subthreshold dos sintomas positivos especificados no critério A (alucinações e delírios). Indivíduos podem expressar uma variedade de crenças incomuns ou estranhas que não tem proporções deliroides, podem ter experiencias perceptivas incomuns, seu discurso pode ser geralmente compreensível mas digressivo, vago ou por demais abstrato ou concreto e seu comportamento pode ser peculiar mas não grosseiramente desorganizado. Em adição a estes sintomas do tipo positivo (positive-like) sintomas negativos são particularmente comuns na fase prodromica e podem frequentemente ser bastante severos. Individuos que eram socialmente ativos podem se tornar abstinentes, eles perdem interesse em atividades anteriormente consideradas prazerosas

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First, advocates of all three positions recognize that people who meet UHR/CHR/prodromal criteria are symptomatic and in need of clinical care.[7,9•,12•–14•] Second, it is acknowledged that they have a greatly increased risk of developing a psychotic disorder within a brief time frame.[2,4,14•] Third, that they need treatment for current problems and to prevent transition to psychotic disorder.[7,14•,15] Finally, proponents of the different positions also all recognize that there is potential for harm in including the Risk Syndrome in the DSM-5.[9•,12•,16•] The relative importance that they place on these issues is perhaps the source of their apparent polarized positions. The central issues will be considered.

http://www.medscape.com/viewarticle/736917_2

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Criteria thought to identify young people at risk of psychosis: investigation of the developmental process of psychosis (McGorry, Killackey and Yung, 2007).
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OTA, M., OBU, S., SATO, N., ASADA, T. (2011). Nstudy in subjects at high risk of psychosis revealed by the rorschach test and first-episode schizophrenia. Acta Neuropsychiatrica, 23:125-131.


"Clinical high risk for schizophrenia but who did not fulfill the schizophrenia criteria. Patients showing the presence of at least one of the following symptoms were tested with the Rorschach test: ideas of reference, magical thinking, perceptual disturbance, paranoid ideation, odd thinking and speech. The individual PTI was scored, and a score of >=1 was regarded as showing perceptual disturbance (Ilonen, 2010)" (p. 126).

6 - PACE criteria for high risk
Yung A. R., Phillips L. J., McGorry P. D. (1999). Prediction of psychosis: a step towards indicated prevention of schizophrenia. Br J Psychiatry. 172:14–20.

12, 13 - PTI differential diagnosis
Exner, J. E. (2000). A primer for Rorschach interpretation.
Asheville, NC: Rorschach Workshop.
Exner, J. E. (2000). 2000 alumni newsletter. Asheville, NC:
Rorschach Workshops.

14 - reliability and validity of PTI
Miller, T. J., McGlashan, T. H., Rosen, J. L. (2002). Prospective diagnosis of the initial prodrome for schizophrenia based on the structured interview of for prodromal syndromes: preliminary evidence of interrater reliability and predictive validity. Am J Psychiatry 159:863–865.

15 - Structured Interview for Prodromal symptoms/ Scale of Prodromal Symptoms
Dao, T. K., Prevatt,  F. A. (2006). Psychometric evaluation of the Rorschach comprehensive system’s perceptual thinking index. J Pers Assess 86:180–189.

16 - Ilonen et al, PTI differentiates CHR and non-psychotic
visual form perception (X-% and FQ-): group 1: attenuated psychotic symptoms of PACE criteria. Patients without delusion, hallucination or catatonic behavior, but at high-risk mental state for shizophrenia.
Ilonen, T., Heinimaa, M., Korkeila, J., Svirskis, T., Salokangas, R. K. (2010). Differentiating adolescents at clinical high risk for psychosis from psychotic and non-psychotic patients with the Rorschach. Psychiatry Res. 179: 151–156.

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Gooding, C. D., Coleman, M. J., Roberts, S. A., Shenton, M. E., Levy, D. L., Erlenmeyer-Kimling, L. (2010). Thought Disorder in Offspring of Schizophrenic Parents: Findings From the New York High-Risk Project. Schizophrenia Bulletin, June 16. doi:10.1093/schbul/sbq061

high risk of schizophrenia=offpring of parents with schizophrenia

TDI, Idiosyncratic Verbalizations

"New YorkHigh-Risk Project (NYHRP), a longitudinal prospective study in which initially unaffected and untreated offspring of schizophrenic parents, parents with major affective disorders, and parents without such disorders were followed from mid-childhood
through mid-adulthood. Major goals of the NYHRP as a whole were to identify neurobiological and other types of deficits as likely predictors and to establish some of these deficits as endophenotypes indicating genetic liability. As subjects in the NYHRP are past the peak risk ages and approximately 14% of the high-risk subjects have developed schizophrenia or related psychoses, it is now possible to consider the predictive as well as endophenotypic status of a broad range of the variables assessed at earlier ages. Several predictors, probably reflecting genetic susceptibility to schizophrenia, have already been demonstrated among measures in the NYHRP, including attentional dysfunction, comparatively poor working memory, and disruptions in gross
motor performance".

"Clinically unaffected first-degree relatives of schizophrenia patients exhibit significantly more TD than healthy controls".

Doesn´t especify whether cited studies use the same criterion for high-risk
Doesn´t specify what criteria used for diagnosis of psychosis/schizophrenia
Used outdated measure of RO (TDI???)
Doesn´t differentiate high-risk, preschizophrenic, at-risk for schizophrenia,

"If, as Meehl asserted, cognitive slippage serves as a phenotypic indicator of an underlying integrative neural defect (‘‘schizotaxia’’) that characterizes individuals with a heightened liability for developing schizophrenia, then offspring of schizophrenic parents as a group would be expected to show greater levels of cognitive slippage".

*4-card RORSCHACH TEST!!!!!!!!!!*
Carpenter JT, Coleman MJ, Waternaux CM, et al. The Thought Disorder Index: short-form assessments. Psychol Assess. 1993;5:75–80.
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Se consideramos que a psicose é uma instância sindrômica duvidosa, e que a esquizofrenia é um construto cientificamente impossível, não podemos com certeza dizer que uma pessoa irá ficar psicótica, ou desenvolverá "esquizofrenia". Neste sentido, tampouco nos é claro um conceito como o de pródromos.


HIPOTESE: com os clientes do GIPSI, ao contrário de um transtorno esquizoafetivo, verificam-se longos períodos de transtorno afetivo subthreshold que chegam a um ponto de estranhamento e retraimento social que é psychosis subthreshold também. A intervenção precoce pode prevenir o degringolamento de maiores crinificações psicóticas, o que traz o transforno afetivo que está underlying os sintomas psicóticos. E eles ficam normais e entediados depois de pararem de ouvir as vozes - é aí que recebem alta. A dissertação da Wal indica incidência de comprometimento afetivo, mais do que transtorno psicótico, embora SINTOMATOLOGICAMENTE estas pessoas tenham sido identificadas como psicóticas. O que faz uma pessoa identificar a outra como psicótica? A gravidade do estranhamento, por mais subthreshold para a psiquiatria. A cronificação é um encaminhar-se para o threshold e para o diagnóstico. O paradigma internacional encaminha-se para uma classificação com thresholds mais baixos, para facilitar o diagnóstico e a farmacoterapia ("it may be justifiable to target these individuals for intensive monitoring of mental state and even low-dose neuroleptic medication or other biological and psychosocial treatments depending on clinical condition" (Yung et cols., ). Nevertheless, to target suffering individuals, who elaborate demand for clinic care, is to develop new labels and new stigmatization (you´re not
schizophrenic - YET). To recognize that prodroms are symptoms (high risk of psychosis) and demand for health care - even though prodromal phase may never evolve into psychosis (and even believing that psychosis is such a confusingly defined syndrom that can be abandoned as well as its psychiatric diagnosis, and understanding that traditional psychiatry knows nothing about human development of their own angst, which is part of themselves and although may request for health care, cannot be extinguished)

Consideramos que a esquizofrenia é uma construção do tratamento tradicional da psiquiatria, e o que existe é um sofrimento psíquico grave, verificável por sinais do tipo psicótico. Este sinais seriam caracterizados por:
-serem de difícil manejo (Costa, 2003)
-indicarem um estranhamento (?)


Costa 2003 fala que o sofrimento psíquico grave é "toda manifestação aguda da angústia humana (...) que não é - ou não tem sido - bem compreendida pelos demais. (...) Não se trata aqui de negar que esista esta diferença radical, "bizarra" para muitos, mas antes de tentar resgatar, pela crítica analítica da linguagem, o espaço necessário para que a diferença como tal se revele e pernameça passível de múltiplas abordagens. (...) não existe a esquizofrenia, o que nao sifinifica dizer que não existam as pessoas demonimadas de esquizofrênicas"

Então o que diferencia os CDI+quaseDEPI e os PTI=3 dos neuróticos chatos pra quem a gente dá alta do gipsi?

O Rorschach subsidiando os achados sobre loucura relacional~~ - que a Yung fala de vulnerabilidade ao estresse e dificuldades de coping - e não consegue relacionar com número de eventos estressantes (até porque pessoas em uhr não tem EVENTOS DE VIDA) - acho que é porque ela desconsidera o AMADURECIMENTO destas pessoas inseridas em seus contextos familiares. A experiência de perda e de estresse de uma pessoa edipiana é certamente diferente de uma pré-edipiana e é por ficarem na superfície do fenômeno que os comportamentalistas pecam - e não me seduzem.

Psicose (Campbell, 1986) é uma perturbação mental gave, retraidora afetiva e intelectualmente e regressiva.

DSM-IV INTRODUCTION OF SCHIZOPHRENIA AND OTHER PSYCHOTIC SPECTRUM DISORDERS
O DSM-IV agupa a esquizofrenia e transtornos do espectro psicótico, mas alerta que isto foi feito para "facilitar o diagnóstico diferencial dos transtornos que incluem sintomas psicóticos como aspecto proeminente de sua apresentação". No entanto, "sintomas psicóticos não são necessariamente considerados os aspectos centrais ou fundamentais destes transtornos, nem os transtornos nesta seção tem necessariamente uma etiologia em comum".

A definição mais estreita de psicótico é restrita a delírios ou alucinações proeminentes, com alucinações ocorrendo na ausência de insight sobre sua natureza patológica. Uma definição menos restritiva também inclui alucinações proeminentes que o indivíduo reconhece como experiências alucinatórias. Mais ampla é a definição que também inclui outros sintomas positivos da esquizofrenia (fala desorganizada, comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico). Diferentes destas definições embasadas em sintomas, definições utilizadas em classificações anteriores eram provavelmente muito inclusivas e enfocavam na severidade do comprometimento funcional. (...) Neste manual, o termo psycótico refere à presença de certos sintomas. No entanto, a constelação específica de sintomas a qual o termo se refere varia em algum grau atraves das categorias diagnósticas. Na ESQUIZOFRENIA, TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME, TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO E BREVE TRANSTORNO PSICÓTICO, o termo psicótico se refere a delírios, qualquer alucinação proeminente, fala desorganizada ou comportamento desorganizado ou catatônico.
No TRANSTORNO PSICÓTICO DEVIDO A UMA CONDIÇÃO MÉDICA GERAL e no TRANSTORNO PSICÓTICO DEVIDO INDUZIDO POR SUBSTÂNCIA, psicótico refere a delírios e somente alucinações não acompanhadas por insight.
No TRANSTORNO DELIROIDE e no TRANSTORNO PSICÓTICO COMPARTILHADO, psicótico é equivalente a deliroide.

É fácil diagnosticar as pessoas pelo DSM-IV:
-esquizofrenia é um transtorno que dura ao menos 6 meses (critério C) e inclui ao menos 1 mês de sintomas ativos (>1 sintomas psicóticos (positivos ou negativos) ou delírio bizarro/alucinação auditiva - critério A). É disfuncional social ou ocupacionalmente (critério B) e não tem causação orgânica específica (critério E) ou é precedido por transtorno de humor (critério D). Constelação de sintomas e sinais associados com comprometimento funcional;
-transtorno esquizofreniforme é apresentação sintomática semelhante à esquizofrenia que dura de 1 a 6 meses e em que não há declínio no funcionamento
-transtorno esquizoafetivo é apresentação de episódio de transtorno de humor na fase ativa dos sintomas de esquizofrenia, precedido ou seguido por ao menos duas demanas de delírios ou alucinações sem sintomas de humor.
-transtorno deliroide é 1 mês de delírios não bizarros sem fase ativa da esquizofrenia (delírios não bizarros são algo plausíveis e compreensíveis, devido a experiências de vida do indivíduo, mas ainda assim são de difícil compreensão e não diminuem sua convicção a despeito de evidências contraditórias)
-transtorno psicótico breve dura mais do que 1 dia e tem remissão em 1 mês.
acho que a maior parte dos clientes do gipsi começaram com transtorno psicótico breve e evoluíram para transtorno esquizofreniforme, transtorno esquizoafetivo e esquizofrenia (e.g. JAL) ao alcançarem 6 meses de DUP.

IMPLICAÇÕES ÉTICAS DE PESQUISAR FALSOS POSITIVOS NA FASE PRODRÔMICA: avaliar e não oferecer tratamento, para verificar se vão evoluir ou não para psicose?

It has not been used traditional psychosis scales (PANSS...), since PTI had been validated as sensitive and specific for psychosis spectrum disorders.


Alison R. Yung , Lisa J. Phillips , Hok Pan Yuen and Patrick D. McGorry (2004). Risk factors for psychosis in an ultra high-risk group: psychopathology and clinical features. Schizophrenia Research, 67 (2-3), apr. 2004, pp. 131-142.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Estudo sobre pródromos

Estudos sobre o delineamento da pesquisa enfocam a importância de definir com rigor as questões iniciais - a partir delas, serão delineadas todas as etapas posteriores (método de coleta ou construção de dados, de análise, perspectiva da conclusão etc). Por mais que minha querida supervisora tenha dito que estas são questões que seguirão por toda uma carreira científica, eu gostaria de fortalecer o máximo possível minhas considerações teóricas, minhas escolhas.
Uma das questões importantes é o objetivo da pesquisa e os construtos a serem investigados. Estou questionando a descrição operacional de pródromos, não sei se gosto deste conceito.
Estudos interessantes que li hoje...

"Initial onset of psychotic symptoms often seems to be related to an inability to generate alternative (culturally acceptable)explanations,frequently due to a lack of trusting or supportive social relationships that would facilitate the normallization of such interpretations". (acredita que eu perdi a referência deste artigo?? aff ¬¬)
Behavioral cognitive therapeuts making me feel proud!

But not so fast...
Addington, Jean & Mancuso, Enza. (2009) Cognitive-Behavioral Therapy for Individuals at High Risk of Developing Psychosis. Journal of Clinical Psychology: In Session, vol. 65(8), 879-890. TORONTO

"CHR for psychosis: recent-onset functional decline plus genetic risk, recent-onset subthreshold, or brief-threshold psychotic symptoms (Yung & McGorry, 1996).
The reliability of these criteria has been excellent, and studies using these criteria support the view that prodromal people are symptomatic and at high and imminent risk for psychosis (Cannon et al., 2008)".

Psychiatists... It´s likely that psychiatrists from Australia, Canada, Switzerland - all international great centers for "first psychotic-like crises" (if such a term applies for them) are from cognitive-approach-psichiatrists.

So say the center from Australia:
Risk factors for psychosis in an ultra high-risk group: psychopathology and clinical features
Alison R. Yung , Lisa J. Phillips , Hok Pan Yuen and Patrick D. McGorry
Department of Psychiatry, University of Melbourne and ORYGEN Research Centre, Australia
Schizophrenia Research
Volume 67, Issues 2-3, 1 April 2004, Pages 131-142

Abstract
The identification of individuals at high risk of developing a psychotic disorder has long been a goal of clinicians because it is thought that early treatment of this group may prevent onset of the disorder. However, little is known of predictive factors of psychosis, even within a high-risk group. This study followed up 104 young people thought to be at ‘ultra high risk’ for schizophrenia and other psychotic disorders by virtue of having a family history of psychotic disorder combined with some functional decline or the presence of subthreshold or self-limiting psychotic symptoms. All subjects were therefore symptomatic, but not psychotic, at intake. Thirty-six subjects (34.6%) developed frank psychotic symptoms within 12 months.
Measures of symptom duration, functioning, disability and psychopathology were made at intake, 6 and 12 months. Poor functioning, long duration of symptoms, high levels of depression and reduced attention were all predictors of psychosis. A combination of family history of psychosis, a recent significant decrease in functioning and recent experience of subthreshold psychotic symptoms was also predictive of psychosis. Combining highly predictive variables yielded a method of psychosis prediction at 12 months with good positive predictive value (80.8%), negative predictive value (81.8%) and specificity (92.6%) and moderate sensitivity (60.0%).
Within our symptomatic high-risk group, therefore, it appears possible to identify those individuals who are at particularly high risk of developing a psychotic disorder such as schizophrenia. Given the very high PPV and low false positive rate with this two-step process, it may be justifiable to target these individuals for intensive monitoring of mental state and even low-dose neuroleptic medication or other biological and psychosocial treatments depending on clinical condition. This indicated prevention approach could be further developed and preventive strategies in the psychoses refined.
Author Keywords: Author Keywords: Psychosis; Schizophrenia; Prevention; Prediction; High-risk; Prodrome.

Psychosis prediction: 12-month follow up of a high-risk (“prodromal”) group
Alison R. Yung, Lisa J. Phillipsa, Hok Pan Yuen, Shona M. Francey, Colleen A. McFarlane, Mats Hallgren and Patrick D. McGorry.
Department of Psychiatry, University of Melbourne, Parkville, Victoria, Australia
PACE Clinic, Parkville, Victoria, Australia
Youth Program, Mental Health Services for Kids and Youth (MHSKY), Locked Bag 10, Parkville, Victoria 3052, Australia
Schizophrenia Research
Volume 60, Issue 1, 1 March 2003, Pages 21-32

Abstract
Intervention in the prodromal phase of schizophrenia and related psychoses may result in attenuation, delay or even prevention of the onset of psychosis in some individuals. However, a “prodrome” is difficult to recognise prospectively because of its nonspecific symptoms.
This study set out to recruit and follow up subjects at high risk of transition to psychosis with the aim of examining the predictive power for psychosis onset of certain mental state and illness variables.
Symptomatic individuals with either a family history of psychotic disorder, schizotypal personality disorder, subthreshold psychotic symptoms or brief transient psychotic symptoms were assessed and followed up monthly for 12 months or until psychosis onset.
Twenty of 49 subjects (40.8%) developed a psychotic disorder within 12 months. Some highly significant predictors of psychosis were found: long duration of prodromal symptoms, poor functioning at intake, low-grade psychotic symptoms, depression and disorganization. Combining some predictive variables yielded a strategy for psychosis prediction with good sensitivity (86%), specificity (91%) positive predictive value (80%) and negative predictive value (94%) within 6 months.
This study illustrates that it is possible to recruit and follow up individuals at ultra high risk of developing psychosis within a relatively brief follow-up period. Despite low numbers some highly significant predictors of psychosis were found. The findings support the development of more specific preventive strategies targeting the prodromal phase for some individuals at ultra high risk of schizophrenia.
Author Keywords: Psychosis; Schizophrenia; Prevention; Prediction; High risk; Prodrome

Considerações em áudio sobre os "pródromos" encontrados no GIPSI.
https://dl-web.dropbox.com/get/Voice001.amr?w=d9428a03
https://dl-web.dropbox.com/get/Voice002.amr?w=c9232eac
https://dl-web.dropbox.com/get/Voice003.amr?w=848ae230

Pensando pensando pensando.