sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Desenvolvimento emocional primitivo


Winnicott, D. W. (1945). Desenvolvimento emocional primitivo. In: Winnicott, D. W. (1988). Textos selecionados: da pediatria à psicanálise. Rio de Janeiro: F. Alves, pp. 269-285.

1- integração (unidade)                  -                                  I
2 - personalização (indwelling, conluio psicossomático) - AM
3 - realização (tempo, espaço, realidade "partilhada") - ALONE

"Por vezes, se supõe que o indivíduo saudável está sempre integrado, vivendo dentro do próprio corpo e capaz de sentir que o mundo é real. No entanto, muitas vezes a saúde tem uma qualidade sintomática, estando carregada de medo ou negação da loucura, medo ou negação da capacidade inata que todo ser humano tem de se tornar não-integrado, despersonalizado, e de sentir que o mundo é irreal" (p. 276).

Não integração ----> integração parcial (dissociações):
-Estados tranquilos X excitados;
-O bebê tranquilo e satisfeito é o mesmo quando está excitado e tenso?
-A mãe construída através das relações tranquilas é a mesma por trás do seio que o bebê quer destruir?
-A criança que dorme X a criança acordada

Adaptação à realidade
contradições: o objeto foi alucinado ou está lá para ser percebido? Pergunta inútil.

A ideia é enriquecida pelos sentidos, material que será utilizado quando a necessidade advier (e a nova alucinação ocorrer). O bebê evoca o que realmente existiu; ou o que foi-lhe oferecido pela mãe como fragmento de realidade simplificado.

Quando a realidade externa é aceita, verifica-se o uso que se pode fazer dela (para que serve?) O leite real é gratificante, comparado ao leite imaginário (alucinado), mas o bebê pode mesmo usá-lo?

Fantasia: mágica, amor e ódio não têm freios.
Não desejar, como resultado da satisfação, é aniquilar o objeto.

Ilusão: tonar alucinação como apresentação (de objetos).

Crueldade primitiva: relação objetal em que não há preocupação com os efeitos da ação sobre o objeto (ruthlessness).

Retaliação primitiva: a sucção do dedo ou o roer das unhas volta o amor para dentro, preserva o objeto do amor e do ódio.

Localiza o objeto a meio caminho entre o dentro e o fora (área transicional): o objeto é parte do self, como a pulsão que o evoca.


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