sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Sobre "O Uso de um Objeto"

Explorações psicanalíticas, 1963-1968, pp. 170-191.

"O princípio é que é o paciente, e somente ele quem tem as respostas" (p, 171-172).

Borderline: "o cerne do distúrbio do paciente é psicótico, mas ele possui sempre suficiente organização psiconeurótica para ser capaz de a´resentar uma psiconeurose ou um transtorno psicossomático quando a ansiedade psicótica central ameaça irromper de forma grosseira".

Relação com objetos
Catexoa: o objeto se torna significante, o sujeito está esvaziado a um ponto em que algo dele é encontrado no objeto (a pulsão que o originou).
O uso do objeto demanda um objeto real (e não um feixe de projeções).

Princípio da realidade
capacidade de usar objetos
                          ------> colocação, pelo sujeito, do objeto como fenômeno externo, fora do controle onipotente.
~~~o objeto tem estatuto de um objeto por si próprio.

O sujeito destroi o objeto.

Relacionar-se ----> destruir -------> o objeto sobrevive ------> FANTASIA E USO
(subjetivo)            (objetificar)

Um objeto que é destruído por ser real e se torna real por ser destruído.

"Enquanto o sujeito não destroi o objeto subjetivo (material de projeção), a destruição aparece e se torna um aspecto central na medida em que o objeto é objetivamente percebido e pertence à realidade 'partilhada'" (p. 174).

A destruição desempenha seu papel de construção da realidade, situando o objeto fora do self. Se o objeto sobrevive após a destruição, ou seja, não retalia, o indivíduo pode entender esse objeto como algo não eu (e minimamente persecutório), situado fora do controle onipotente, do lado de fora, no mundo.

"Se fôssemos melhores em diagnóstico, pouparíamos a nós mesmos e a nossos pacientes um bocado de tempo e desespero" (p. 182).

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